O Jornal da Manchete foi ao ar pela primeira vez no dia 06 de junho de 1983. Era uma segunda-feira e com cenĂ¡rio futurista (mostrando os equipamentos e monitores da redaĂ§Ă£o), Ă s 19h00 entrava no ar um telejornal completo com surpreendentes DUAS horas de duraĂ§Ă£o. Seguia-se o padrĂ£o da recente CNN, que a emissora adotou desde a estrĂ©ia.

Fotos: Internet / BLITZ AMAZĂ”NICO (Leila Cordeiro e Eliakin ArĂ¡ujo)

O Jornal era dividido em vĂ¡rios segmentos, que depois acabaram virando programas distintos, denominados Manchete Panorama (cobria artes e espetĂ¡culos, apresentado por Iris Lettieri e Jacira Lucas), Manchete Esportiva (com Paulo Stein), Manchete Internacional, e finalmente o "Jornal da Manchete", que era apresentado por Ronaldo Rosas e Carlos Bianchinni. Como pode-se perceber, desde essa data o jornal passou a cultuar uma tradiĂ§Ă£o que o diferenciava dos demais: passar a informaĂ§Ă£o por completa ao telespectador. A alta credibilidade de seus profissionais sempre ofereceram ao pĂºblico uma completa cobertura tanto nacional como internacionalmente. 

Durante os dezesseis anos de existĂªncia, o noticiĂ¡rio sempre se baseou nesse conceito. Em agosto de 1989, Leila Cordeiro e Eliakim AraĂºjo (atĂ© entĂ£o apresentando o Jornal da Globo) foram contratados para ancorar o Jornal da Manchete, substituindo Ronaldo Rosas e Carlos Bianchinni. Essa Ă©poca de ouro da Manchete, caracterizada com novelas de sucesso e infantis vice-lĂ­deres, tambĂ©m se caracterizou por um show de jornalismo. 

A Rede Manchete, que atĂ© entĂ£o se destacava nesse departamento, abriu ainda maior distĂ¢ncia em relaĂ§Ă£o Ă  concorrĂªncia. O jornalismo era ousado, inovador e independente. Os repĂ³rteres chegavam antes e davam seguidos furos de reportagens. A inovaĂ§Ă£o fazia escola na TV. Nesssa Ă©poca, a Manchete jĂ¡ suspendia a programaĂ§Ă£o para exibir initerruptamente qualquer acontecimento importante no paĂ­s. O Jornal da Manchete era Ă¡gil, tinha correspondentes espalhados pelo mundo, e trazia a data e imagens do dia integradas Ă  abertura. Leila e Eliakim se consagraram como o Casal 20 do telejornalismo. Em 1991, o cenĂ¡rio dos monitores foi desativado, sendo substituĂ­do por uma tela azul no Jornal da Manchete. Mas o cenĂ¡rio "azul chapado" nĂ£o durou muito tempo. Jaquito ordenou que o cenĂ¡rio do JM voltasse a ter ao fundo os tradicionais monitores. Com essa mudança, a abertura e o logo do jornal tambĂ©m mudaram. Com a saĂ­da de Leila Cordeiro e Eliakin ArĂ¡ujo da emissora em dezembro de 1992, MĂ¡rcia Peltier asumiu o Jornal, apoiada em SĂ£o Paulo por Florestan Fernandes e em BrasĂ­lia por Carlos Chagas. A redaĂ§Ă£o voltou a ser usada como cenĂ¡rio, e o telejornal ganhou nova abertura. Em 1994, novamente a abertura foi trocada. Em 1995 houve uma reformulaĂ§Ă£o geral no cenĂ¡rio do Jornal da Manchete, que passou a ter um enorme Mapa Mundi ao fundo, tambĂ©m acompanhada de nova abertura. A equipe completa era formada por: Marcia Peltier (Ă¢ncora, Rio), Carlos Chagas em BrasĂ­lia, Florestan Fernandes em SĂ£o Paulo, Villas Boas Correa comentando polĂ­tica e Denise Campos de Toledo como comentarista econĂ´mica. Durante as OlimpĂ­adas de 96, o Jornal da Manchete foi ancorado por MĂ¡rcia Peltier diretamente de Atlanta. 

No inĂ­cio de 1997, O JM foi reformulado, ganhando novamente cenĂ¡rios e abertura novos, e MĂ¡rcia ganhou a companhia de Marcos Hummel na bancada. Embora a audiĂªncia tenha aumentado, Hummel voltou para o "Na Rota do Crime" e deixou a apresentaĂ§Ă£o do jornal novamente com Marcia. Em 1998, em nova evoluĂ§Ă£o, o jornal voltou a reforçar o conceito de trĂªs edições. Com cenĂ¡rio novo (trazendo de volta a reformulada redaĂ§Ă£o ao fundo), em março, estreavam o Jornal da Manchete EdiĂ§Ă£o da Tarde, Jornal da Manchete, e o Jornal da Manchete EdiĂ§Ă£o da Noite. Marcia Peltier continuava a frente da ediĂ§Ă£o principal. O "Manchete Primeira MĂ£o", apresentado pelo experiente Berto Filho, estreou no meio de 1998, Ă s 18h30. O propĂ³sito do Jornal era suprir a falta de jornalismo de qualidade que existina na TV nessa faixa de horĂ¡rio. 

TInha meia hora de duraĂ§Ă£o e mostrava os principais fatos do dia. Com a crise neste ano, porĂ©m, MĂ¡rcia Peltier assinou contrato com a TV Bandeirantes e Augusto Xavier assumiu a bancada, revezando a apresentaĂ§Ă£o com Claudia Bathel. A tĂ­tulo de curiosidade, cada telejornal recebia um nome-cĂ³digo na redaĂ§Ă£o: ET (EdiĂ§Ă£o da Tarde), JM1 (Jornal da Manchete), JM2 (segunda ediĂ§Ă£o), ME1 (Manchete Esportiva Primeira EdiĂ§Ă£o) e ME2 (Manchete Esportiva Segunda EdiĂ§Ă£o), RM (Rio em Manchete) e SPM (SĂ£o Paulo em Manchete). 



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